quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mulheres na Filosofia

A história da filosofia demonstra a presença de várias mulheres filósofas. Seus trabalhos não foram reconhecidos e difundidos por questões culturais, mas a filosofia desde as suas origens pertenceu ao gênero humano independente de gênero.

Antiguidade (Séc. XXIII)

Enheduana

Foi o primeiro ser humano de que se tem notícia a assinar suas próprias obras, sendo por isso a primeira pensadora da História. Foi também a primeira sacerdotisa (sábia, filósofa) do templo da deusa lua; nestes templos dirigia várias atividades, comércio, artes; também eram ensinados matemática, ciências e especialmente o movimento das estrelas e dos planetas. Escreveu 42 hinos para a deusa Inana e é por isso uma das principais fontes da mitologia suméria.


Antiguidade(Séc. IX - IVLopamudra
Foi uma filósofa da Índia, que viveu em cerca de 800 a.C.; a ela deve-se um dos hinos do Rigveda e a disseminação dos mil nomes da Deusa mãe.
Temistocléia
Foi uma filósofa, matemática e uma alta profetisa de Delfos, que viveu no século VI a.C. e foi, segundo o filósofo Aristoxenos a grande mestra de Pitágoras, introduzindo-o aos princípios da ética, Depois de Pitágoras criar o termo filosofia, Temistocléia teria sido a primeira mulher filósofa do Ocidente .

Melissa
Melissa foi uma filósofa e matemática pitagórica.
Safo de Lesbos(VII-VI a. C)
Poetisa e educadora nascida em Mitilene, na ilha de Lesbos. Rivalizou com o poeta Alceo e, junto com ele, representa a criação da poesia lírica grega, em contraposição à poesia épica (Homero). Da sua obra conservaram-se dez livros.
Aristocleia (Século V a. C.)
Aristocléa (também Aristocleia; grego: Ἀριστόκλεια), (do século V a.C.) foi uma sacerdotisa grega em Delfos na Grécia Antiga. Ela foi citada por muitos antigos escritores como uma tutora do filósofo e matemático Pitágoras (Entre 580 a.C. - 500 a.C.)
Theano (546 a. C. -)
Nascida em 546 a.C., viveu na última parte do século VI a.C. foi uma matemática grega. É também conhecida como filósofa e física. Theano foi aluna de Pitágoras e supõe-se que tenha sido sua mulher. Acredita-se que ela e as duas filhas tenham assumido a escola pitagórica após a morte do marido.
Aspásia de Mileto (470-410 a. C.)
Nascida em Mileto, pertenceu ao círculo da elite de Atenas onde conhece Péricles e com ele tem um filho. Como sofista da época, Aspásia também nada escreveu, e os relatos de sua habilidade como argumentadora e educadora, bem como sua influência política sobre Péricles encontram-se na obra de Platão.
Diotima de Mantinéia (427- 347 a C)
Personagem criada por Platão é apresentada como sábia no diálogo o Banquete. Não se sabe ao certo se existiu, mas acredita-se que sim. A ela atribui-se toda a teoria socrático-platônica do amor.
Asioteia de Filos (393 – 270 a C)
Ensinava física na Academia de Platão ao lado de outras mulheres que frequentavam a escola.
Hipárquia de Maroneia
Aristocrata, é elogiada por Diógenes Laertios pela cultura e raciocínio, comparando-a com Platão. Escreveu: “Cartas e Tragédias”.
Maria, a judia, ou Miriam (séc. I d C)
Viveu em Alexandria, seguidora do culto de Isis é considerada como a fundadora da alquimia. Entre os escritos está o livro de Magia Prática. Atribui-se a ela a descoberta do ácido clorídrico e é em homenagem às suas descobertas com o ponto de ebulição da água o nome de banho-maria.
Hipácia de Alexandria (415 d C)
Cultivou superiormente as matemáticas e a filosofia. Manteve viva a chama do pensamento helênico de raiz ateniense numa Alexandria dilacerada pelas lutas religiosas. Foi brutalmente assassinada por uma multidão de fanáticos cristãos.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Filosofia da Biologia

Filosofia da biologia (raramente chamada de Biofilosofia) é um subramo da Filosofia da Ciência, e contém inserida nela a Epistemologia, a Metafísica e a Ética; e a biofilosofia é um ramo dasCiências Biológicas e Ciências Biomédicas. Apesar de os Filósofos das Ciências e Filósofos em geral estarem há muito tempo interesados em biologia (Aristóteles, Descartes e também Kant), a filosofia da biologia apareceu apenas como um campo independente da filosofia nas décadas de 1960 e 1970, quando os filósofos das ciências começaram suas pesquisas com o desenvolvimento da biologia, desde o nascimento do Neodarwinismo nas décadas de 1930 e 1940, e com a descoberta da estrutura do Ácido desoxirribonucleico em 1953 até os mais recentes avanços na Engenharia genética. Outras idéias chaves a respeito da redução de todo o processo vivo para as reações bioquímicas bem como incorporações da psicologia dento da Neurociência, devido aos seus avanços foram e são discutidos na biofilosofia.Com o tempo, a filosofia da biologia vem ganhando muito respeito e seriedade.


                                                    Visão Geral

Atualmente, a Filosofia da Biologia tornou-se visível, como uma ciência bem fundamentada - com seus próprios jornais, conferências e organizações profissionais. Geralmente, esses autores poderiam ser vistos como seguidores da tradição Empírica,favorecendo as teorias Naturalistas e Psicanalista sobre os seus correlativos. Muitos filósofos contemporâneos da biologia estão se esquivando das tradicionais discussões sobre as distinções entre vida e não-vida. Ao invés disso, eles examinam as práticas, teorias, e conceitos dos biólogos em vista de um melhor entendimento da Biologia como uma disciplina científica (ou grupos de ramos científicos). Idéias científicas apenas são tomadas como filosóficas quando as idéias são testadas. Desse modo, algumas vezes é difícil delinear genuínos trabalhos Biofilolosóficos das Pesquisas Biológicas comuns. Um pequeno número de questões os Filósofos da Biologia tentam responder, tais como:

"Como a Ecologia está relacionada à Medicina?"
"O que são espécies Biológicas?
"Como é possível determinarmos nossas origens biológicas?"
"Como nosso entendimento biológico das Raças, sexualidade e gêneros refletem valores sociais?"
  "O que é seleção natural, e como ela age na natureza?"
"Como os médicos definem as doenças?"
"Onde a linguagem e a lógica se formam?"
"Qual é a matéria-prima da Consciência?"
Um subramo desses filósofos, com uma maior orientação filosófica, e menos empírica, espera que a biologia é capaz de fornecer respostas mais Científicas para problemas fundamentais daepistemologia, ética, estética, antropologia e até metafísica. Ademais, os progressos da biollogia ganham impulso na sociedade moderna para repensar valores tradicionais referentes à todos os aspectos da vida humana. A possibilidade da modificação genética do núcleo celular, por exemplo, têm direcionado as controvérsias do progresso ou como certamente as técnicas biológicas podem infrigir o consenso ético (ver Bioética). Algumas das mais explícitas questões filosóficas são destinadas para alguns filósofos da biologia, como:
"O que é vida?"
"O que faz um ser humano único?"
"Quais são as bases do pensamento moral?"
"Quais são os fatores que utilizamos para o julgamento estética?"
"É a evolução compatível com o Cristianismo ou outros sistemas religiosos?"
Acrescentando, idéias são traçadas da filosófica Ontologia, e a lógia está sendo usada pelos biólogos nos campos da Bioinformática. Ontologias, tais como a Ontologia Genética coemçaram a tomar nota dos experimentos biológicos na variedade dos modelos orgânicos para criar, logicamente, modelos orgânicos para avaliação de raciocínio e pesquisa. A ontologia genética é em si uma espécie neutra gráfico-teórica de representação das espécies biológicas reunidas para formar Relações definidas.

Filosofia da Religião


A Filosofia da Religião é uma das divisões da filosofia. Tem por objetivo o estudo da dimensão espiritual do homem desde uma perspectiva filosófica (metafísica, antropológica e ética), indagando e pesquisando sobre a essência do fenômeno religioso. Em síntese, sua pergunta fundamental é: "O que é, afinal, a religião?"


                                                              Métodos

Para o estudo da filosofia da religião são usados os métodos histórico-crítico comparativo, o filosófico e o antropológico. O primeiro deles compara as várias religiões no tempo e no espaço, em busca de seus aspectos mais comuns e suas diferenças, para verificar o que constitui a essência do fenômeno religioso. O segundo faz o estudo comparativo das línguas, visando encontrar as palavras utilizadas para descrever e expressar o sagrado e suas raízes comuns. O terceiro método procura reconstruir o passado religioso tendo por base a etnologia (estudo dos povos primitivos e atuais, suas instituições, crenças, rituais e tradições). A Filosofia da Religião deve fazer uma adequada conjugação desses métodos "para obter a melhor soma de elementos para chegar à conclusão mais correta sobre a essência da religião e suas características universais."

                                                         
                                                           Histórico 

Até o século XX, a história do pensamento filosófico ocidental encontrava-se intimamente associada às tentativas de esclarecer certos aspectos do paganismo, do judaísmo e do cristianismo, enquanto que em tradições como o hinduísmo, o budismo ou o taoísmo, há uma distinção ainda menor entre a investigação filosófica e a religiosa.
O problema clássico de conceber um objeto apropriado para a crença religiosa consiste em compreender se é possível lhe atribuir algum termo: fará sentido dizer que esse objeto cria e conhece coisas, que deseja certos acontecimentos, que é bom ou providencial, que é uma ou muitas coisas?
Na teologia negativa afirma-se que Deus só pode ser conhecido quando negamos que os termos vulgares possam ser-lhe aplicados; outra sugestão influente é a de que os termos vulgares só se lhe aplicam metaforicamente, não existindo qualquer esperança de eliminar essas metáforas. Mas mesmo que se chegue a uma descrição do Ser Supremo, continuamos com o problema de encontrar um motivo para se supor que exista algo correspondente a essa descrição.
A época medieval foi a mais fértil em pretensas demonstrações da existência de Deus, como as cinco vias de Santo Tomás de Aquino, ou o argumento ontológico de Santo Anselmo. Essas provas deixaram de ter ampla aceitação desde o século XVIII, embora ainda convençam muitas pessoas e alguns filósofos.
De uma maneira geral, até os filósofos religiosos (ou talvez estes em especial) têm sido cautelosos em relação às manifestações populares da religião. Kant, um simpatizante da fé religiosa, distinguiu várias perversões dessa fé: a teosofia (uso de concepções transcendentais que confundem a razão), a demonologia (favorecimento de concepções antropomórficas do Ser Supremo), a teurgia (ilusão fanática de que esse ser pode nos comunicar sentimentos ou de que podemos exercer influência sobre Ele) e a idolatria ou a delusão supersticiosa de que podemos nos tornar aceitáveis perante o Ser Supremo através de outros meios que não o de ter a lei moral no coração (Crítica da faculdade do juízo, II.28).
No entanto, essas tendências para o contato arrebatado têm se tornado cada vez mais importantes na teologia moderna. Desde Feuerbach há uma tendência crescente na filosofia da religião em se concentrar nas dimensões sociais e antropológicas da crença religiosa (ver também jogo de linguagem, magia), ou para a conceber como uma manifestação de várias necessidades psicológicas explicáveis.
Outra reação consiste numa fuga para o elogio do comprometimento existencial puramente subjetivo (ver também existencialismo, Kierkegaard). No entanto, o argumento ontológico continua a atrair a atenção, e as tendências antifundacionalistas (ver fundacionalismo) da epistemologia moderna não são inteiramente hostis às pretensões cognitivas que se baseiam na experiência religiosa.

Filosofia Medieval


Na Idade Média, ocorreu um intenso sincretismo entre o conhecimento clássico e as crenças religiosas. De fato, uma das principais preocupações dos filósofos medievais foi a de fornecer argumentações racionais, espelhadas nas contribuições dos gregos, para justificar as chamadas verdades reveladas da Igreja Cristã e da Religião Islâmica, tais como a da existência de Deus, a imortalidade da alma etc.
  • .



  •                                        Principais Períodos 





  •                              Antonieta (I d.C – VII d.C):


É um período que se caracteriza pelo resultado dos esforços dos apóstolos (João e Paulo) e dos primeiros Padres da Igreja para conciliar a nova religião com o pensamento filosófico mais corrente da época entre os gregos e os romanos. Não obstante, tomou como tarefa a defesa da fé cristã, frente as diversas críticas advindas de valores teóricos e morais dos “antigos”.
Os nomes mais salientes desse perído são os de Justino, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio, Gregório de Nissa. Eles representam a primeira tentativa de harmonizar determinados princípios da Filosofia grega (particularmente do Epicurismo, do Estoicismo e do pensamento de Platão) com a doutrina cristã. (...). Eles não só estavam envolvidos com a tradição cultural helênica como também conviviam com filósofos estóicos, epicuristas, peripatéticos (sofistas), pitagóricos e neoplatônicos. E não só conviviam, como também foram educados nesse ambiente multiforme da Filosofia grega ainda antes de suas conversões" (SPINELLI, Miguel. Helenização e Recriação de Sentidos. A Filosofia na época da expansão do Cristianismo – Séculos II, III e IV. Porto Alegre: Edipucrs, 2002, p. 5).

                                     Mal (VIII d.C – XIV d.C):
.
Período bastante influenciado pelo pensamento socrático e platônico (conhecido aqui como neoplatônismo, vindo da filosofia de Plotino). Ocupou-se em discutir e problematizar Questões Universais. É nesse período que o pensamento cristão firma-se como "Filosofia Cristã", que mais tarde se torna Teologia.

                                     Rnascença (XIV d.C – XVI d.C):

É marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média e novas obras de Aristóteles, ainda temos a recuperação de trabalhos de grandes autores e artistas gregos e romanos. São três as linhas de pensamento: Neoplatonismo e Hermetismo; Pensamentos florentinos e por fim o Antropocentrismoiniciático (homem dono do seu destino).
Foi um período marcado por uma efervescência teórica prática, alimentada principalmente por descobertas marítimas e crises politico-culturais que culminaram em profundas críticas à Igreja Católica, que evoluíram para Reforma Protestante (a Igreja Católica responde com a Contra-Reforma e com a Inquisição).

Filosofia Greco-Romana

A filosofia greco-romana foi a maneira com que os antigos gregos e romanos sistematizaram, nos últimos cinco séculos antes de Cristo, uma forma de conhecimento, um modo de reflexão ou uma teoria da realidade. Esta filosofia pode ser classificada em dois períodos: o cosmológico e o antropológico clássico.



                                            Período cosmológico


Neste estágio primitivo e rural, predominou uma explicação mitológica do universo e da origem das principais significações da realidade. Os mitos gregos são marcadamente concebidos com características semelhantes ao mundo, relações e modos de vida dos homens daquele tempo. Houve entre os gregos uma imensa tradição mitológica oral, que mais tarde foi sistematizado por Homero em suas duas grandes obras: Ilíada e Odisséia. Costuma-se classificar este primeiro período grego (primitivo, rural, tribal e mitológico) como "Tempos Homéricos", abrangendo-se até por volta dos anos 1000 a.C. Este saber mitológico "explicava", para a época e para aquele momento histórico, as principais questões da existência humana, da [natureza] e da sociedade. Explicava a origem dos reis, a própria origem dos homens, a origem do povo grego, das guerras, dos amores, das doenças, enfim, de toda a riqueza de sua cultura. A síntese do mito e a consciência mitológica justificam as estruturas sociais e cimentam as relações de trabalho, parentesco e política entre os gregos. Neste período, entre vários filósofos que buscavam o conhecimento do princípio material da natureza, encontram-se: Anaximandro: Procurava provar que o princípio de tudo resumia-se numa construção espiritual, invisível. Tales de Mileto: Sua filosofia consistia-se em afirmar que a origem de todas as coisas era a água. Demócrito: Para esse filósofo, as substâncias eram compostas de fragmentos invisíveis, aos quais deu o nome de átomos. Demócrito e Leucipo interpretavam o universocomo um ser vazio e que agregava apenas átomos. Esses dois filósofos não diferenciavam a alma das demais substâncias, pois a entendiam como sendo também um átomo. Pitágoras: Defendia opanteísmo, que significa uma relação entre teorias matemáticas e a matempsicose ou seja, a transformação da alma. Pitágoras é considerado um dos mais importantes matemáticos, no âmbito mundial. A geometria teve sua continuidades nos estudos desenvolvidos por ele. Anaxágoras: Acreditava que o Nóus, um espírito, seria o centro do universo e que todas as coisas eram regidas por ele. Heráclito: Via no lógus, uma lei que determinava o desenvolvimento de tudo, a verdadeira transformação dos seres. Anaxímenes: Para esse filósofo, o início de tudo se encontrava no ar que, após ter passado por algumas transformações físicas, teria dado origem à criação. Zenão de Citio: Fundador da escola estóica, cujo ensinamento resumia-se no estudo de uma lei universal, a Natureza. Segundo essa lei, o indivíduo que não se adaptasse às normas de boa conduta e virtude, não teria uma condição satisfatória de vida. Empédocles: Dizia que a terra, o ar, a água e o fogo misturaram-se e deram origem às substâncias. Parmênides e Xenófones: Entendiam o ser como sendo uno; as coisas eram imutáveis, permanentes e não se desenvolviam.


                                         Período antropológico clássico
                                                      
A filosofia, como ciência e atividade humana, no início foi produzida por homens situados em determinados momentos históricos. Nas cidades gregas, aos poucos, a filosofia vai ganhando sua identidade e tomando diferentes funções sociais. A Grécia, após ter passado pela era primitiva, tribal, e pelo período político denominado pólis, que significa cidade-estado, alcançou sua autonomia eindependência. Atenas se sobressai economicamente e consegue elevar a Grécia no âmbito político e cultural. Segundo J.P. Vernant, há uma relação entre o surgimento da filosofia e da cidade-estado. Enquanto na mitologia a filosofia significa o "saber" da Grécia rural, de tradição oral, esparsa e popular, com a instituição da pólis essa filosofia se traduz em uma nova ideologia, uma visão melhor do mundo, mais racional e organizada. Os filósofos deste período, a começar com os sofistas,homens que ganhavem dinheiro, cobravam para ensinar; criaram uma nova temática para a filosofia: O Homem, capaz de conhecer. isto é, ser capaz de dominar conteúdos antes atribuídos ao domínio de deuses.Os filósofos, a começar por Tales de Mileto, passaram pensar, questionar a realidade que os cercava. Passaram a perguntar: por que o Sol aparece no nascente e se põe no poente? Por que acontece o trovão? Será que os acontecimentos da natureza são obra de deuses, ou é possivel encontrar uma explicação racional, natural para tudo o que acontece? A filosofia muda de espaço geográfico, das colônias da região jonica, para o centro cultural de Atenas. Esta mudança causa também a mudança de objeto de pesquisa: passa do questionamento da natureza para o homem. Perguntam, por que o Homem nasce, se desenvolve, cria filhos, envelhece e morre?Há uma mudança de temática: o discurso cosmológico e materialista passa a dar lugar a um discurso moral e político, pois na cidade a convivência humana precisa ser fundamentada, bem como será preciso um modelo de enquadramento social efetivo: a paidéia, o ideal educativo. O período antropológico, com Sócrates, Platão e Aristóteles, coincide com o ponto alto da democracia.

 

Filosofia Antiga


A filosofia antiga nasceu de uma necessidade em explicar o mundo com explicações reais, sem buscar explicação no mitológico, no incompreensível; derrubando assim o mito para introduzir uma nova forma de analisar e compreender o mundo e seus fenômenos. O primeiro filósofo foi Tales de Mileto. Originalmente, todas as áreas que hoje denominamos ciências faziam parte da Filosofia: expressão, no mundo grego, de um conjunto de saber nascido em decorrência de uma atitude. E, de fato, tanto Platão, no Fédon, quanto Aristóteles, na Metafísica, puseram na atitude admirativa, no admirar tò thaumázein, e também no páthos ("um tipo de afetação, que pode ser definido como um estranhamento"), a archê da Filosofia. "No Teeteto, Sócrates diz a Teodoro que o filósofo tem um páthos, ou seja, uma paixão ou sensibilidade que lhe é própria: a capacidade de admirar ou de se deixar afetar por coisas ou acontecimentos que se dão à sua volta". O thaumázein, assim como o páthos, têm a ver com "um bom ânimo ou boa disposição (...) que levou certos indivíduos a deixar ocupações do cotidiano para se dedicar a algo extraordinário, a produção do saber: uma atividade incomum, em geral pouco lucrativa, e que sequer os tornava moralmente melhores que os outros.".


Principais Pensadores que Iniciaram a Filosofia



 Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.) (em grego Σωκράτης, Sōkrátēs) foi um filósofo ateniense e um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental.




                                                        "Só sei que nada sei."




Aristóteles de Estagira, 384 a.C. – 322 a.C. filósofo grego, um dos maiores pensadores de todos os tempos e considerado o criador do pensamento lógico, nasceu em Estagira, na Calcídica, território macedônico.
                 



"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras."





Epicuro de Samos, filósofo grego do período helenístico. Epicuro nasceu em Atenas, em 341 a.C. e morreu em em 270 a.C.



"Somos fracos somente perante o mal, não perante o bem, pois os prazeres nos fortalecem; os padecimentos, pelo contrário, nos enfraquecem."







Platão de Atenas, 428/27 a.C. - 347 a.C.,  foi um filósofo e matemático doperíodo clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição deeducação superior do mundo ocidental.




 "Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor toma conta dele."




Plutarco de Queroneia (45-120 ?), filósofo e prosador grego do período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por Platão).




"A mente é um fogo a ser aceso , não um vaso a preencher."




Tales de Mileto (em grego Θαλής ο Μιλήσιος) foi o primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 625/4 a.C. e faleceu aproximadamente em 558/6 a.C..




"Espera do teu filho o mesmo que fizeste a teu pai"





Antístenes de Atenas (Atenas, c 444 a.C. — id., 365 a.C.). Filósofo grego, foi o fundador do cinismo e mestre de Diógenes.









                                                "A gratidão é a memória do coração"



Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. - 460 a.C.) nasceu em Eléia, hoje Vélia, Itália. Foi o fundador da escola eleática.

"Pois pensar e ser é o mesmo''





Heráclito de Éfeso (datas aproximadas: 540 a.C. - 470 a.C. em Éfeso, na Jônia), filósofo pré-socrático, recebeu o cognome de "pai da dialética".



"Se não sabe escutar, não sabe falar"





Empédocles (Agrigento, 483 a.C. — Peloponeso, 430 a.C.) foi um filósofo, médico, legislador, professor, místico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.





"Do não existente, nada pode nascer e nada  pode desaparecer no nada absoluto."



Anaxágoras de Clazômenas (Clazômenas, c. 500 a.C. - Lâmpsaco, 428 a.C.), filósofo grego do período pré-socrático. Nascido em Clazômenas, na Jônia, fundou a primeira escola filosófica de Atenas, contribuindo para a expansão do pensamento filosófico e científico que era desenvolvido nas cidades gregas da Ásia.




                                                        "Prefiro uma gota de sabedoria a toneladas de riquezas"

O que é filosofia e sua Historia .

Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais  e estéticos, à mente e à linguagem.


 A Historia da Filosofia

A história da filosofia é um ramo da história e da filosofia. Ela é uma disciplina filosófica à parte, e ocupa bastante espaço no ensino secundário e universitário de filosofia no Brasil. Enquanto ramo da história, ela se ocupa de documentar e preservar os debates filosóficos. Enquanto ramo da filosofia, ela se ocupa em discutir filosoficamente, com os conceitos atuais da filosofia, tendo em vista o problema do anacronismo e os conceitos filosóficos do passado.
A história da filosofia é a disciplina que se encarrega de estudar o pensamento filosófico em seu desenvolvimento diacrônico, ou seja, a sucessão temporal das idéias filosóficas e de suas relações. Ela é uma parte da ciência positiva da História, exigindo o mesmo rigor nos métodos, a fim de reconstituir a seqüência da filosofia.
Como as idéias influenciam os acontecimentos e vice-versa, é comum que a história da filosofia precise recorrer a conhecimentos da história geral, para esclarecer seus conteúdos, assim como é costumeiro que esta recorra àquela, para contribuir na explicação dos determinantes de certos fatos. Dentro da história da filosofia, é possível fazer delimitações materiais e formais. No primeiro caso, assim como a História da Filosofia é subdivisão da História, pode haver a história da lógica, do empirismo ou do aristotelismo. No segundo caso, o das delimitações formais, a divisão que se faz diz respeito ao tempo, caso em que se equipara à organização empreendida pela História Geral.
Assim, costuma-se estudar a história da filosofia com a seguinte disposição: filosofia antiga, filosofia medieval, filosofia moderna e filosofia contemporanea 
A história da filosofia rastreia as várias teorias que buscaram ou buscam algum tipo de compreensão,conhecimento ou sabedoria sobre questões fundamentais, como por exemplo a realidade, o conhecimento, o significado, o valor, o ser e a verdade. O fazer filosófico, como toda construção do conhecimento, requer acúmulo das contribuições dos pensadores do passado. Sempre que um pensador se debruça seriamente sobre uma questão filosófica, está, mais ou menos conscientemente, rendendo tributo a seus antecessores, seja para contrapor-se a eles, seja para ratificar suas idéias, esclarecê-las e melhorá-las.